domingo, 18 de setembro de 2011

Campos

Quantas vezes pensamos em desistir frente as angústias da solidão, aos problemas que surgem apenas para nos atormentar. Também, se não fossem atormentar-nos não seriam problemas...

Sabem aquela sensação de que lhe falta algo? Não é religião, não são crenças, é apenas a falta que de algo que foi perdido no meio da caminhada. Pena que demoramos tanto para percebermos o valor dessas pequenas jóias... 
Nunca me disseram que iria ser fácil, tampouco mencionaram o valor que deveria dar as coisas. Por isso joguei todo o ouro, para ficar apenas com os raios do sol...



Seria romântico dizer que um pôr do sol para mim faz mais sentido quem um elogio dado? Elogios! não passam de reflexos da vaidade humana, que infelizmente não conseguimos viver sem um só, durante toda vida.

Se alguma coisa acontece em meu coração, o que sinto é diferente de paixão, de nostalgia ou solidão. É vontade de alcançar as nuvens, de ver o mar, de cantar...
Poetizar já é algo tão clichê, o que eu quero é sonhar.

 "Sonho não se dá, é botão de flor". 
(Condicional - Los Hermanos)

Que possam todos guardar seus sonhos, para que ninguém os mate, com toda essa realidade.


Telma Rodrigues

domingo, 28 de agosto de 2011

Uma estrada sinuosa...

Ando meio desligada, eu nem sinto os pés no chão...

Já devem pensar que estou remetendo à música dos Mutantes, pois bem, a princípio somente esta frase.
Ultimamente a insônia tem me convencido de que tudo é tão infinito. Pretensões têm sido motivos de náuseas emocionais... Outra música não acham?! Bom mais do que nunca a música tem sido o meu ponto de apoio, o motivo pelo qual eu tenho tido vontade de levantar e perceber a vida não como ela é, pois este clichê não faz jus ao que a vida realmente é, pelo fato dela não "Ser", mas pelo fato de nós sermos a vida, enfim... 

O amor tem sido um pilar fragilizado. Um ponto de vista rebuscado todos os dias, sem um pingo de vontade de mudar. Ai ai como cansa (querer) amar, mesmo que seja uma causa perdida, uma pessoa maldita...  Ao procurá-lo (o amor) sem muitos meios tenho me perdido no caminho com perguntas que vão ficando sem respostas. Caminhos são meios de encontrar, ou se perder. A busca da vida tem me deixado confusa, porque dependo tanto de seres humanos, mesmo sabendo que eles não passam de matéria, cujas pernas não caminham para mim, cujos pensamentos ao meu respeito não passam de momentos vagos e seus corações lugares inóspitos... Mesmo assim, estupidamente me atrevo.

                                    

Mesmo sabendo que o pensamento me corrói, debruço-me sobre ele a pensar e fico o dia inteiro, e assim sigo alimentando-me de ideais ora realistas, ora sonhadores, buscando no fim entender, o que posso fazer comigo mesma, buscando entender como ser melhor para que desse modo eu possa ser mais forte, e amar aqueles que não conseguem enxergar meus pontos de vista e entendê-los mesmo que a fraca matéria que pertence tanto a mim quanto a eles, possa servir para que nos una.

Tudo o que quero é ser parte da particularidade de alguém, não somente esse todo que reprime e oprime quem está dentro dele. Quero a parte da felicidade que a mim é merecida, eu viajante (quase) solitária, dessa estrada torta e sinuosa que chamam de vida.

Telma Rodrigues

domingo, 31 de julho de 2011

Só as crianças sabem o que procuram....


Sinto que algo realmente inovador estar por vir....
Sabem aquela sensação de que um futuro brilhante nos espera? Pois bem, me sinto por um breve instante vazia de problemas que me impedem de cantar, de sorrir, e de chorar.
Cada lágrima que tenho vertido, não fora para meu próprio desalento, tem sido por amor àqueles que prezo. E como uma criança que chora ao perceber-se sem respostas, ponho-me a questionar a vida...


E o que mais mencionarei, se nada de "realmente inovador" trago comigo? Porquê ser tão profunda, se as maiores belezas estão em pequenas porções de gentileza? Porquê tantas perguntas? Se pudéssemos observar com real cuidado e atenção a uma criança, poderíamos perceber que todas, sem nenhuma excessão possuem a capacidade de fazer dezenas ou até mesmo milhares de perguntas, continuamente sem sossegar a menos que cada uma delas lhes seja respondida ou parcialmente esclarecida. Costumo dizer que crianças são um dos seres mais filosóficos que já vi!   

Talvez seja por este meu apreço a curiosidade, e aos questionamentos infantis que esteja escrevendo este post... Muito de amor e sonhos ultimamente tem se falado, e o constante me assusta, o invariável me atrai de certa forma que não consigo entender, quem dirá explicar! Em nossa infância está a mais pura e concreta beleza  da vida. Os sorrisos largos com a chegada dos pais, a inquietação que muito nos tira do sério, e a felicidade por encontrar uma pedra na rua e chamar de tesouro! Confesso, que infelizmente essa beleza é muitas vezes negada, à pequenas flores que desabrocham cedo demais, mas que entretanto possuem seus sonhos e mesmo por isso não deixam de serem lindos... A beleza da infância ganha seu caráter peculiar na adolescência de cada um, nas várias formas de se indentificar com a diversidade de conceitos e idéias... Serão identidades formadas, ou modelos criados? Tenho um certo vício nostálgico que não me permite falar do hoje sem citar o passado. A vontade de crescer hoje cessou, e quando me perguntam o que realmente desejaria que fosse real, eu digo: Que pudéssemos todos retornar as nossas infâncias, e se neste passado existisse algo que impediria a completa felicidade deste momento, que este "algo" sumisse por um instante,  somente para aproveitarmos os dias de sol, subindo em árvores correndo sem destino, sentindo o vento soprar e os pedregulhos doendo nos pés pela vontade de alçar vôo sem possuir asas, e que a única infelicidade deste momento devesse a 4° lei que Newton, Freud ou Einstein esqueceram de mencionar: Quando a brincadeira está mais divertida, sua mãe lhe chama para tomar banho!


São essas pequenas coisas que realmente me fazem perceber, quão grande é o significado do que é a vida e quais as melhores maneiras de levá-la que as crianças podem nos transmitir.  
Para sempre jovens!


 "Só as crianças sabem o que procuram... Elas são felizes..." (O pequeno príncipe)

Os Sonhos

Começo algumas linhas deste post com uma música que muito andei ouvindo esta semana, e que, muito me fez pensar sobre paz, e sonhos... Ah os sonhos!

Imagine que não há paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje

Imagine não existir países
Não é difícil de fazê-lo
Nada pelo que lutar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
você se juntará a nós
E o mundo será como um só

Imagine não existir posses
Me pergunto se você consegue
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade de humana
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo será como um só
John Lennon

Imagine!
No último post imperativamente sugeri que amassem, agora os sonhos invadem minha mente e acima de tudo, me deixam inquieta com relação a tudo que ocorre a minha volta, e acima de tudo com a violência, e com a capacidade que esta possui de cegar as pessoas e extinguir o pouco de amor que , ainda habita os pobres corações... O amor é real, ele é sentimento, e se cada vez que ligarmos a televisão só nos depararmos com misérias e tragédias, e com os maus exemplos que a nossa nação nos dá... o que de fato esperamos? até que ponto suportaremos mais e mais angustiantes sentimentos?
Ultimamente meus pensamentos têm se tornado perturbadores, mas antes de mais nada sou uma sonhadora. Acredito que há um futuro, mesmo que não seja tão melhor quanto almejamos ou tão utópico quanto possam imaginar... Apenas sonhem! 

Sonhem com a resposta ainda não recebida
Com os dias melhores que virão, e que, mesmo 
que estejamos passando pelo vale da sombra da morte, muitas
vezes os bosques mais agradáveis estão ao nosso alcance, presentes em nossas imaginações, presentes em nossa vontade de vencer, seja lá de quem, ou de provar seja lá para quem que podemos ser muito mais do que se pode enxergar.

E por quê não iniciamos com pequenas iniciativas? Por muitas vezes ando nas ruas e procuro identificar um gesto de bondade, e para vocês que acham que este se refere somente ao ato de dar esmolas, enganam-se completamente: um "bom dia"ou um "como vai?" demonstram um pouco de consideração que se pode ter pelo próximo e aplacar as mais angustiantes dificuldades, mesmo que de forma singela.

Mesmo que escreva para pouco leitores, estarei aqui, disposta a ouvir aquele que necessita ser escutado, de braços abertos para quem procura conforto, e disposta a dar um "olá" para quem a mim se voltar.
Sem mais anseios, apenas digo: Sonhem, e não sendo egoístas com seus sonhos, pratiquem um pequeno gesto a partir de agora, corra de encontro a quem estiver mais próximo a você e dê o abraço mais confortante que puder.

Como uma criança mal-acostumada,
me habituei aos abraços constantes e sem eles já não consigo 
sair de casa e me senir completa...

Apenas Sonhem! Imaginem.

Telma Rodrigues


sábado, 30 de julho de 2011

Porque...

Não seria exagero da minha parte se eu me colocasse muita vezes como os 'personagens' de muitas letras de alguns canções que ouço. Sempre que ouço a música Dear Prudence dos Beatles, sinto que de alguma forma ela me diz ou melhor, ela é cantada de uma forma muito especial. Certa vez me disseram que a música é a loucura da alma, logo pensei "Nossa, eu sou muito muito muito louca mesmo", são sentimentos que nem todas as pessoas podem e sabem proporcionar, a música exerce um efeito forte em mim, só Deus sabe como! 
Muitos sonham com grandes empreendimentos na vida, já eu... tudo o que esperaria era chegar ao final do dia com alguém me recebendo de braços abertos, sem esperar muito em troca, é como o filósofo Nietzsche disse: "Quem nunca possuiu de tudo na vida, vê em pequenas coisas a grandiosidade do que jamais teve". Tudo o que queria era ser convidada para brincar, ou para brindar um novo dia. E mesmo sem ser convidada eu saí para brincar, brindei dias melhores que tive, pude contemplar a beleza de dias sorridentes, pude ver o céu azul sobre minha cabeça e o sol a iluminar minha fronte, pena que estes dias foram tão curtos e tão distantes que eu mau posso discernir se foram sonhos ou verdades...


Ando recolhida, pensando na possibilidade da felicidade ser uma arma quente. Como se a qualquer momento alguém fosse sacar uma arma para mim e dentro dela saísse uma bandeira de Paz. As palavras possuem uma força tamanha àqueles que as pronunciam, que agora apenas digo: Ame.


Ame aquele que busca em você um exemplo
Ame a quem busca em você algo maior
Ame aqueles que acham que te conhece, ame-os por sua tolice!
E seja idiota o suficiente para amar sem receber nada, nem um bom dia, nem um abraço, nem um olá! 
Apenas, Ame.


Sejamos todos mais humanos, brindemos um novo dia mesmo que pareça perdido, a selva é grande e mais um dia nela é lucro.

Telma Rodrigues

O pensar, propriamente dito não dói...

O que define aquilo que chamamos de pensamento?
Seria um ponto por onde nos apoiamos? Ou apenas o eterno vício gerado pela consciência? 
Até quando eu me verei presa deste vício que me mata e consome? Sim caro leitor, o ato de pensar tem me matado cruelmente à doses bem pequenas. Como? quando passo a idealizar alguns sentimentos como a esperança, a fé e sim, o amor.
Na bíblia encontramos o apóstolo Paulo a dizer que ainda que falasse a língua dos anjos, sem amor nada seria, e que mesmo que tivesse uma fé cuja força pudesse transportar os montes e não tivesse amor, nada seríamos...Mais tarde o filósofo Renato Russo cantaria esta passagem... Menciono estas palavras porque eu sei que só me sentirei melhor quando forem escritas e mentalmente ditas. Eis aí o mal do pensar!

Durante algumas semanas me peguei questionando: Seu eu fosse leiga a tudo que estivesse ocorrendo a minha volta eu me pouparia de ver tantas atrocidades que ocorrem por aí afora, mas novamente me pus a negar tudo que antes havia dito. E meus dias ultimamente andam oscilando entre o bem e o mal querer, o gostar e o odiar... E tudo que me ocorre à mente instantaneamente é que: "O amor é velho, o amor é novo, o amor é tudo o amor é você" mas nada encontro a não ser o vazio que insisto preencher, com o quê?!

sábado, 9 de julho de 2011

Como se diz: Utilizando novos conceitos!

O que fazer quando se está triste?
O que pensar quando não há um motivo concreto para se estar presente na realidade em que se vive?


Há tantas perguntas para fazer, são tantas trilhas para se caminhar,
e no meio desses caminhos encontramos pessoas que nos ajudam, outras que favorecem situações negativas...
Não quero me passar por emotiva, mas, tanto faz agora, já não há razão para se importar. O mundo é controverso e irritantemente cheio de razões das quais evito estar perto, assim como você que lê presumo eu, evite também.
Outro dia entre as muitas trilhas que passei, perguntaram-me o motivo de escrever tais palavras, bom, considero-me chata e todos sabem disso... redondamente chata, mas profundamente sensível para não deixar de relatar alguns acontecimentos vividos, pelo simples medo de perdê-los em minha memória, ou pelo fato de apenas querer que todos saibam o que vivi, pelo o que passei ou as pessoas que conheci.
Sinto falta de subir nos pés de fruta e arrancar delas o sabor tropicano, as vezes fortemente azedos, ou suavemente adocicados... Vejo no passado sensações únicas que o presente não consegue me dar.
Certo dia amanheci com vontade de sonhar algo novo e diferente, mas tudo que consegui, foi escrever tais palavras medíocres, e como o filósofo Nietzsche dizia: "Quem não teve nada no passado, vê grandeza nas pequenas coisas" então passo desde já a me enquadrar neste ponto.


Tenho vontade agora de escrever algo novo, de descobrir um mundo através das palavras, eu tenho eu posso eu sei, e se tudo que mais precisamos é de amor e apego a algo, decido me apegar às palavras que rodeiam meu mundo.
A partir do dia de hoje, escrevo-lhes um pequeno diário, para que possam compreender por quê e para quê, escrevo tais mensagens incompreendidas.
Para quando eu disser "oi", estas duas palavras resumam-se a uma melhor compreensão.


Desde já, muito obrigada, a você, corajoso desbravador de pensamentos malucos. Grande honra possuis, por ter chegado até aqui!

   Telma Rodrigues

      

domingo, 17 de abril de 2011

Quando já é tarde para...

Descobri tarde demais que a beleza está na superficialidade...
Está no modo de falar, de agir, no caminhar, ou até mesmo no sorriso...
Tarde descobri também, que o pouco que me importa é o abismo que me separa da felicidade.
O coração quanto mais vazio, mais pesado fica, quanto mais cheio de amor, maior são as feridas causadas.
Descobri tarde demais que o que me importa, não é a temporalidade, muito menos os modos, mas se realmente alguém me ama.
Agora me pergunto, para que tantas teorias ou filosofias vãs?!
Se poucos são os que chegam a terceira linha?!
     
Telma Rodrigues.