domingo, 28 de agosto de 2011

Uma estrada sinuosa...

Ando meio desligada, eu nem sinto os pés no chão...

Já devem pensar que estou remetendo à música dos Mutantes, pois bem, a princípio somente esta frase.
Ultimamente a insônia tem me convencido de que tudo é tão infinito. Pretensões têm sido motivos de náuseas emocionais... Outra música não acham?! Bom mais do que nunca a música tem sido o meu ponto de apoio, o motivo pelo qual eu tenho tido vontade de levantar e perceber a vida não como ela é, pois este clichê não faz jus ao que a vida realmente é, pelo fato dela não "Ser", mas pelo fato de nós sermos a vida, enfim... 

O amor tem sido um pilar fragilizado. Um ponto de vista rebuscado todos os dias, sem um pingo de vontade de mudar. Ai ai como cansa (querer) amar, mesmo que seja uma causa perdida, uma pessoa maldita...  Ao procurá-lo (o amor) sem muitos meios tenho me perdido no caminho com perguntas que vão ficando sem respostas. Caminhos são meios de encontrar, ou se perder. A busca da vida tem me deixado confusa, porque dependo tanto de seres humanos, mesmo sabendo que eles não passam de matéria, cujas pernas não caminham para mim, cujos pensamentos ao meu respeito não passam de momentos vagos e seus corações lugares inóspitos... Mesmo assim, estupidamente me atrevo.

                                    

Mesmo sabendo que o pensamento me corrói, debruço-me sobre ele a pensar e fico o dia inteiro, e assim sigo alimentando-me de ideais ora realistas, ora sonhadores, buscando no fim entender, o que posso fazer comigo mesma, buscando entender como ser melhor para que desse modo eu possa ser mais forte, e amar aqueles que não conseguem enxergar meus pontos de vista e entendê-los mesmo que a fraca matéria que pertence tanto a mim quanto a eles, possa servir para que nos una.

Tudo o que quero é ser parte da particularidade de alguém, não somente esse todo que reprime e oprime quem está dentro dele. Quero a parte da felicidade que a mim é merecida, eu viajante (quase) solitária, dessa estrada torta e sinuosa que chamam de vida.

Telma Rodrigues

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